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Violência contra a pessoa idosa disfarçada de 'cuidado'

A violência contra a pessoa idosa pode ter muitas faces. Nem sempre ela se apresenta de forma explícita, como agressões físicas ou verbais. Muitas vezes, ela surge disfarçada de “cuidado”, com atitudes que, apesar de parecerem proteção, acabam ferindo a autonomia, a dignidade e o bem-estar do idoso.

Neste artigo do SILPI, vamos falar sobre os tipos de violência contra a pessoa idosa que acontecem dentro de um contexto de “superproteção”, mas que, na prática, limitam, isolam e prejudicam.

Quando o “cuidado” vira violência

1) Impedir o idoso de sair ou socializar: Frases como “é para o seu bem” ou “não quero que você se canse” podem até parecer carinhosas, mas esconder o idoso dentro de casa, impedir passeios ou visitas a amigos e familiares é uma forma de violência emocional e social. O isolamento contribui para o desenvolvimento de depressão e ansiedade, além de afetar a autoestima.

2) Tomar decisões sem consultar a pessoa idosa: Mesmo que o idoso esteja lúcido e com plenas capacidades cognitivas, muitas vezes familiares e cuidadores assumem o papel de decidir tudo por ele. Desde escolhas simples, como o que vai comer, até decisões importantes sobre saúde e finanças. Isso é uma forma de silenciamento que retira do idoso o direito de participar da própria vida.

3) Controlar documentos e dinheiro sem necessidade: Se o idoso tem condições de administrar suas finanças, não há motivo para outra pessoa assumir esse controle. Fazer isso sem necessidade pode ser o início de um abuso financeiro, que também é um tipo grave de violência contra a pessoa idosa.

4) Impedir o idoso de aprender novas tecnologias: Achar que o idoso “não vai entender” como usar um celular ou acessar a internet é subestimar sua capacidade. Essa atitude reforça o distanciamento social e a dependência. Estimular o aprendizado é uma forma de promover inclusão e autonomia.

5) Fazer tudo por ele, mesmo quando o idoso pode realizar sozinho: Ajudar em tarefas que o idoso consegue fazer só reforça a sensação de incapacidade. Estimular a independência é fundamental para preservar a autoestima e a saúde mental.

Como combater essa forma de violência contra a pessoa idosa?

O primeiro passo é reconhecer que excesso de proteção também é uma forma de controle. Famílias, cuidadores e profissionais de ILPIs devem adotar uma postura de respeito à autonomia, estimulando a participação ativa dos idosos nas decisões sobre suas vidas.

Além disso, buscar orientação com profissionais da saúde, assistência social e psicologia pode ajudar a identificar comportamentos nocivos e estabelecer práticas mais saudáveis.

 

Violência contra a pessoa idosa vai muito além da agressão física. Está nas pequenas atitudes do dia a dia que tiram autonomia e voz dos idosos. Reconhecer e mudar esses comportamentos é um ato de cuidado verdadeiro.

 

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