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Alerta sobre a Catastrofização da Dor nas ILPI
Com o aumento da expectativa de vida, a qualidade de vida na velhice tornou-se uma preocupação central para muitas pessoas e instituições.
No contexto das Instituições de Longa Permanência para Idosos, um fenômeno conhecido como catastrofização da dor merece atenção especial.
Este artigo visa alertar gestores e cuidadores sobre como lidar com essa situação para melhorar a qualidade de vida dos residentes.
A catastrofização da dor é um processo psicológico onde uma dor, inicialmente simples, pode tornar uma experiência crônica e debilitante. Pessoas que catastrofizam a dor tendem a pensar e expressam-se de maneira pessimista, como “meu joelho já era” ou “minha coluna está podre”.
Essas afirmações não apenas refletem um estado emocional de desesperança, mas também podem agravar a própria percepção da dor.
O Impacto da Catastrofização da Dor
Agravamento da Dor: Ao focar constantemente na dor e prever um futuro de sofrimento, os idosos podem experimentar uma intensificação da dor, tanto em frequência quanto em intensidade.
Sedentarismo: A crença de que qualquer movimento agrava a dor leva a um estilo de vida sedentário, o que por sua vez pode piorar a saúde geral e a mobilidade.
Uso excessivo de medicamentos: Há uma tendência em aumentar o uso de analgésicos, o que pode levar à dependência e aos efeitos colaterais adversos.
Estratégias para Combater a Catastrofização
Promover Atividade Física: Atividades adaptadas à capacidade de cada residente podem ser cruciais. Exercícios leves, hidroginástica ou fisioterapia ajudam a manter a mobilidade e a reduzir a percepção da dor.
Educação: Informar sobre como a dor pode ser gerenciada de forma mais saudável, explicando que não é necessário evitar o movimento por medo de dor.
Intervenções Psicológicas: Terapias cognitivo-comportamentais podem ser eficazes para mudar a percepção da dor, ensinando técnicas de enfrentamento e reestruturação cognitiva.
Ambiente de Suporte: Estabelecer um ambiente onde a dor não seja o centro das conversas, mas sim a qualidade de vida, o bem-estar e as pequenas vitórias do dia a dia.
Monitoramento de Medicamentos: Garantir que o uso de analgésicos seja feito sob supervisão médica, evitando o abuso ou a automedicação.
Para as ILPIs, é essencial que uma equipe esteja treinada não apenas para tratar a dor, mas para entender e combater a catastrofização da dor. Programas de treinamento para cuidadores, acesso a profissionais de saúde mental e uma abordagem holística podem transformar a experiência de dor em algo mais manejável e menos definitivo.
A catastrofização da dor não precisa ser uma sentença de sofrimento perpétuo para os idosos. Com as estratégias definidas, podemos ajudar nossos moradores a viverem com menos dor e mais esperança, valorizando cada dia e cada movimento como uma oportunidade de bem-estar.
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